O e-commerce brasileiro se mantém aquecido. Segundo dados do indicador MCC-ENET, em janeiro deste ano houve um crescimento de 20,56% em comparação ao mesmo período de 2021. Esta pesquisa foi realizada pela Companhia Compre & Confie em parceria com a Câmara Brasileira da Economia digital, que também apontou uma alta de 16,14% de janeiro a dezembro de 2021.
Porém, apesar do otimismo no setor, a maioria das empresas, sobretudo as de médio e pequeno porte, não estavam preparadas para lidar com o boom de vendas observado desde a pandemia.
“Não é fácil mudar a logística e a operação para esta nova tratativa de vendas, com volume crescente e uma pressão para entregas cada vez mais rápidas”, destaca Rodrigo Melo, gerente de canais da Pitney Bowes, multinacional especializada em soluções de logística e envio de documentos, encomendas e pacotes.
O executivo listou duas tecnologias importantes para automatizar os processos logísticos, visando atender grandes demandas.
Soluções de cubagem
A cubagem da carga pode ser definida como a relação entre o peso de um produto e o espaço que ele ocupará no veículo. De acordo com Melo, há no mercado soluções simples e eficientes para a cubagem de pacotes e encomendas que, em geral, são customizáveis de acordo com cada necessidade. “São soluções capazes de se integrar aos mais diversos sistemas, garantindo mais velocidade, segurança e eficiência”, explica o executivo.
Por se distanciarem de processos manuais, essas ferramentas possibilitam menos incidências de avarias, o que otimiza o custo com transporte. Com elas, um grande número de produtos pode ser pesado, identificado e enviado de forma ágil, deixando a operação mais rápida e dinâmica, evitando erros, preocupações ou danos.
“Essa relação é obtida por meio de um cálculo matemático utilizando o fator de cubagem. O objetivo é conseguir planejar melhor o processo de carregamento, de forma a evitar que se feche uma carga muito volumosa, mas de baixo peso, que se tenha muitos volumes pequenos, mas muito pesados.” – Rodrigo Melo, gerente de canais da Pitney Bowes.
Soluções de sortagem
Essas soluções otimizam a mão de obra ao separar em lotes um grande volume de pedidos. Isso é feito com o apoio de sistemas de armazenamento convencionais ou automatizados.
“É o que chamamos de classificador, que realiza a classificação dos produtos de acordo com seus destinos. Um tipo comum de classificador é um sistema baseado em transportador, por exemplo”, diz Melo.
Conforme o executivo lembra, as soluções da Pitney atendem desde o segmento SMB até os gigantes do e-commerce, incluindo importantes marketplaces. A empresa está presente em segmentos como varejo, saúde e indústria.
Fonte: Revista Mundo Logística